quinta-feira, dezembro 13, 2007

Cá estamos... Como é possível? Parece anedótico

Enviado ao departamento Jurídico da ordem dos médicos a 3/12:

Sou pelo presente, David Manuel Queimado Nogueira, com o nr. de cédula 46770, da Ordem dos Médicos, a, conforme sugerido após contacto telefónico firmado com o departamento jurídico a solicitar a informação possível sobre os diplomas/regulamentos/decretos-lei que regulamentam os concursos de acesso ao internato médico. Concretamente, pretendia saber sobre aquilo que se encontre legislado e/ou a sua referenciação legal em relação aos items;

- Data e Horário de início de provas de seriação a nível nacional, incumprimentos e desfasamentos em relação aos diferentes locais de realização de provas

- Condições indispensáveis para realização de provas em função dos locais da mesma e/ou critérios de exclusão de locais.

- Regulamentações relativas à prestação da prova nomeada e fundamentalmente, as repercussões e sanções resultantes da adopção de actos fraudulentos por parte dos candidatos

- Direitos e Garantias e obrigações dos candidatos

- Obrigações do controlador de exame

- Homogeneidade de critérios regulamentares a nível nacional

- Motivos para anulação de concurso.


Aproveito, para justificar e assim, ilustrar o motivo do pedido tentando sucintamente, relatar, desde já, sob formato de testemunho, o que o motiva e me levou a procurar solicitar auxílio perante os factos que passo a expor e que observei decorridos no anfiteatro 2 da Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa aquando da realização da prova de seriação para acesso à especialidade, no contexto do ingresso no IM 2008. Pretendo-o reiterativo de quanto naturalmente, necessitarei oficializar permeio de requerimento à abertura de inquérito por parte do juíz do concurso (...)

Tendo sido integrado na lista de candidatos convocados à comparência no local supra para realização da prova em causa, respondi à chamada pelas 14:35, altura em que me foi indicado o lugar que deveria ocupar, no referido anfiteatro. Pelas 15:00, data anunciada como início da prova nacional de seriação (14:00 nas ilhas) conforme constante no regulamento do concurso, os
candidatos correspondentes à letra I (de Inês) da chamada por ordem alfabética, foram os primeiros a não perceber onde se sentar. Desse momento em diante e até à letra V, passaram os candidatos a escolher os lugares que pretendessem, ou melhor, encontrassem, conforme indicação dos controladores de exame. Naturalmente que se subentende; - também, ao lado de quem pretendessem. Foram, inclusive, observados "reajustes" por parte de alguns já sentados. Foi, pelas 15:10, solicitado pelos controladores de exame que se retirassem quaisquer haveres e casacos de lugares que eventualmente tivéssemos ao lado para que estes pudessem perceber que lugares ainda haveriam. Os lugares correspondentes aos anfiteatros da FCML em causa, note-se, não permitem uma distância "entre-ombros" superior a 15 cm.

O exame tem início às 15:20 sendo que, pelas 16:00, já era audível, na zona em que me encontrava, o sussurrar dos colegas candidatos, entre si. Dos factos que, doravante, passo a referir, cingir-me-ei, tal como nos anteriores àqueles a que, efectivamente assisti e poderei comprovar.

Pelas 16:00 e por 4 vezes no espaço de tempo de, aproximadamente, uma hora, o colega que se encontrava à minha esquerda, chamava um dos controladores afim de reclamar questões relativas ao exame. Sendo que a aproximação ao colega possível, por parte do controlador, apenas o era através da minha pessoa que se encontrou sempre interposta entre ambos, as reclamações do colega eram apresentadas ao controlador indicando-as no seu exame que
posicionava à frente da minha cara. Decorridos poucos minutos, um dos controladores, pede-me licença para chegar, por entre os aglomerados de candidatos nas exíguas filas à colega que à distância de 1 metro da minha pessoa se encontrava a consultar o exame dos colegas que a ladeavam, e com os mesmos, obviadamente, a conversar. O aviso formulado foi perceptualizado
por mim e pelos restantes, próximos, e passo a citá-lo " A senhora, não pode estar a falar, caso contrário, terá o exame anulado". Este episódio repetiu-se à posteriori. A colega apenas parava de falar nos instantes que se sucediam aos avisos, tendo-os porém, continuado, sempre, sem que o exame tivesse sido interrompido e perante explícita impotência dos controladores.

Também, por esta altura, fui confrontado com a informação por parte dos controladores de exame de que ninguém mais se poderia enganar pois já não haviam mais folhas de resposta de exame. Passei a ter a pressão de não poder, como tantos outros usufruíram, da despreocupação de preenchimento desta folha. Em hora que não sei precisar, mas que poderá ser testemunhado por cada um dos cerca de 140 presentes neste anfiteatro, um candidato aborda o conjunto de controladores que se encontrava na base do anfiteatro. Fá-lo, como era hábito por muitos, desde início, do seu lugar, bastante distanciado nos termos que passo a citar "-A folha que me deram há pouco já tem respostas. Assim é muito fácil(…)". A partir deste momento, o nível basal de
ruído na sala incrementou-se substancialmente e até ao fim do exame. Pessoalmente e mesmo apesar de nunca o ter conseguido fazer totalmente, não mais me foi possível concentrar ou tampouco concluir a leitura das questões com a interpretação necessária às mesmas. Ouviam-se alíneas e respostas a todo o momento, o colega que me ladeava continuava a reclamar com os
controladores que chamava ao local, fazia com que eu tivesse que interromper o meu exame; uma colega atrás perguntava-me,em sussurro, se eu tinha a certeza a respeito de determinada resposta que estava a ver no meu exame… e isto até à exaustão. Pelas 17:50, os controladores de exame anunciam o termo do tempo. Faltava-me passar parte considerável de respostas para a folha definitiva. Tentei fazê-lo da melhor forma possível, porém o controlador à
distância, referia que não recebia mais exames se os ocupantes dos lugares de trás não os passassem já, aos colegas da frente, em cadeia. Esta correspondeu, efectivamente, á metodologia adoptada de recolha de exames. Com maior surpresa (se tal ainda seria possível), verifiquei que o meu exame assim como muitos outros de lugares distantes, ficavam retidos na cadeia e no seu percurso por instantes ou motivos que não se percebiam. Provavelmente alguém que também ainda se encontrava desesperadamente a tentar concluir o exame e não cumpria a função de elo na cadeia..ou não. Não o soubemos. O colega à minha esquerda ainda estava a poder responder ao exame..

Excuso-me, por ora, a fazer qualquer de valor ou análise sendo que o requerimento a apresentar a quem de direito, o creio carenciar da fundamentação procedimental nos moldes do código de procedimentos para a administração pública. Não posso, porém deixar de pedir que, me informem de meios ou vias para o fazer o requerimento necessário à obviada e proporcional rectificação das irregularidades que se coadunam nas varias molduras jurídicas com que se perfilam.

Sem mais de momento e agradecendo desde já, em antecipação em relação a qualquer resposta que venha a merecer, subscrevo-me, atenciosamente

quarta-feira, dezembro 12, 2007

Deixamos de ser os coitadinhos, ou vamos deixar de ser...

...mas mesmo assim é preciso sair de Portugal muito cedo! E não é só nisto, é em quase tudo!

http://fptenis.pt/homenoticias.asp?article_id=3740

terça-feira, novembro 13, 2007

Crítica literária: A Saga de Um Pensador

ATENÇÃO:
Há vários
spoilers no texto que se segue; se quiserem ler o livro, ficam por vossa conta e risco.

Após ter ouvido múltiplas opiniões favoráveis sobre o livro, a minha curiosidade aguçou-se e arranjei modo de mo emprestarem. A pedido de várias famílias, deixo por estas bandas a minha opinião pessoal sobre o mesmo.

Nota: Sim, eu sei que o comentário é enorme, e percebo se não tiverem paciência para o ler todo... Nem sequer garanto que valha a pena perder tempo com ele. Considerem-se avisados!

Foi com uma certa expectativa que peguei no livro na minha jornada para casa. Li-o no metro, li-o no comboio e tive mesmo que o acabar o mais rapidamente possível - as razões para tal serão rapidamente explicadas.

A narrativa começa com a entrada de um rapaz, Marco Polo, na faculdade de Medicina. Jovem, inquisidor, com inquietações filosóficas. Aquando da primeira aula de Anatomia, tem, juntamente com os colegas, o primeiro contacto com cadáveres, que servirão para dissecção e estudo. Como quem visita o blog sabe, nós não olhamos para os corpos a tentar deslindar-lhes um ar de "doçura" no rosto. Aliás, se o houve, há muito que desapareceu. As faces ficam rígidas e inexpressivas, isto quando não se encontram num esgar estranho. Também não me parece que tenha sido muito comum discorrer sobre o sentido da vida e o papel da Humanidade no mundo quando o cheiro a formol nos ataca o primeiro par craniano. Mas enfim, posso ter sido só eu a reagir assim.

Acima de tudo, nenhum de nós teve a ideia peregrina de querer saber a identidade dos dadores de corpos (pessoas de enorme mérito e altruísmo para com a ciência, indiscutivelmente) e, mesmo que embarcasse nesse tipo de divagação mental, não o perguntou alto e bom som aos professores. Aliás, perguntar se quem lá está não chorou, riu, teve emoções e uma vida preenchida não é exactamente o que se costuma fazer, tal como não o é de cada vez que se entra no cemitério e se passa por dezenas de túmulos em que os átomos dos falecidos reentram no grande ciclo cósmico. Claro que as pessoas que generosamente ofereceram os seus restos mortais tiveram existências mais ou menos felizes, mas as palavras-chave aqui são "restos mortais". Os corpos são cascas vazias, quem lá habitava há muito que partiu.

Passe-se a improbabilidade de o aluno (com um nome próprio bastante infeliz...) conseguir averiguar a proveniência de um dos corpos. Passe-se ainda o facto de com meia dúzia de esfregadelas na imundície ele conseguir ganhar a confiança de um sem-abrigo inveterado e livre pensador que, veja-se!, era doutorado em Filosofia. Para além disso, o mendigo mencionado era um esquizofrénico que, graças à ajuda do outro sem-abrigo (por sinal médico, que tinha ido parar à mesa de dissecção), sem farmacoterapia nem coisa que o valha (aliás, a classe psiquiátrica é desacreditada ao longo de todo o livro), consegue tratar a sua psicose! Brilhante. Através da questionação constante, ele consegue pôr em dúvida as próprias alucinações e perceber que elas não existem. Não percebo o objectivo dos anti-psicóticos, quando com filosofia se conseguem resultados bem melhores.

Marco Polo continua a sua demanda pela compreensão da raça humana. Fica muito surpreendido ao verificar que nos serviços de urgência as pessoas com, por exemplo, dores no peito sem patologia física que justificasse os sintomas são enviadas embora com analgésicos e sem um diálogo profundo acerca de eventuais perturbações emocionais que estejam a ser somatizadas. Qualquer um de nós que já tenha estado nas urgências naqueles dias de verdadeiro caos sabe bem que não há tempo para muita conversa. Frequentemente ela tem mesmo que cingir-se ao essencial, ou os atrasos de que os doentes se queixam aumentariam exponencialmente. Ao que parece, o autor não conhece essa realidade...

Claro que o protagonista escolhe Psiquiatria como carreira. Vai sendo continuamente incompreendido, mas prova-se sempre que as suas teorias pouco ortodoxas têm resultados inéditos e fantásticos. Põe sempre em dúvida o que lhe é dito e consegue sempre mostrar a sua superioridade intelectual sobre seja quem for. E acaba por apaixonar-se por uma estudante de Psicologia depressiva, oriunda da classe social mais alta que se possa imaginar e que previsivelmente repudia as suas origens, que se cura praticamente de um momento para o outro graças aos seus talentos de psicoterapeuta. Felizes para sempre, fim.

Ao longo de toda a obra, as personagens que representam autoridades intelectuais estabelecidas são sempre prepotentes e cegas, profundamente ciosas do seu estatuto, orgulhosas e arrogantes, mas que Marco Polo desafia e vence, pelo menos na arena intelectual. As personagens com patologia mental são retratadas como iluminadas, rejeitadas pela sociedade mas detentoras da verdadeira sabedoria de vida, as únicas apreciadoras da beleza e capazes de actos altruístas.

Marco Polo consegue chegar onde mais ninguém chega, comunicar com mendigos misantropos e doentes psicóticos, ridicularizar apresentações científicas, pôr toda a gente a reflectir sobre as questões mais primevas da Humanidade, dar palestras como ninguém, e ainda disfarçar-se com enorme credibilidade. O homem é imbatível.


Não posso deixar de comentar o estilo de escrita do autor, que foi do que mais me surpreendeu. Sabendo-o psiquiatra, e tendo sido tão elogiado, esperava algo mais fluente, com uma escrita apelativa, quiçá requintada até. Não o é, de todo. A escolha de vocabulário é primitiva e alguns dos diálogos chegam mesmo a tocar a inverosimilhança. Nunca suspeitaria de que é um psiquiatra, até porque se chega ao fim do livro com a nítida impressão de que a psicologia é que é óptima e os psiquiatras são uns obcecados por neurotransmissores e abandonaram a busca pelo verdadeiro ser, aquilo que define as pessoas como tal, as suas vivências e emoções.

Os temas aflorados na obra são de facto interessantes. Até que ponto seremos nós, os "normais", mentalmente sãos? Até que ponto somos manipulados pela sociedade? Quem somos e qual o propósito da nossa existência? Haverá algo para além disto? Et cetera. A forma como o autor os aborda é que é superficial. Bem que devorei o livro, para tentar encontrar um ponto positivo no meio de tudo aquilo, mas não encontrei.




Por aqui me fico. O apelo da Psiquiatria (numa outra vertente) começa a ser mais forte, com aquela sensação de corda no pescoço tão familiar. A quem também já o leu, deixo o espaço aberto para comentários...

sexta-feira, outubro 26, 2007

Sugestão de leitura (lol)


Aqui vai: ouvi falar muito bem do livro vou ver se me dedico a ele nos próximos tempos:

A Saga de um Pensador, de Augusto Curry (http://www.webboom.pt/ficha.asp?ID=111965)
"Neste seu primeiro romance, o psiquiatra Augusto Cury narra a trajectória de Marco Polo – não o navegador e aventureiro veneziano do século XIII, mas um jovem que embarca na grande aventura que é a vida. Marco Polo é um estudante de Medicina, um espírito livre cheio de sonhos e expectativas. Ao entrar para a faculdade, é confrontado com uma dura realidade: a da insensibilidade e frieza dos seus professores, que não percebem que cada paciente é, mais do que um conjunto de sintomas, um ser humano com uma história complexa e única de perdas e desilusões. Indignado, o jovem desafia profissionais de renome internacional para provar que os pacientes com perturbações psíquicas precisam de mais que remédios e diálogo – precisam de ser tratados como pessoas, como iguais. Numa luta constante contra a discriminação, Marco Polo vai provocando uma verdadeira revolução de mentalidades..."

Se lerem digam qq coisa, quando o terminar venho aqui "póstar" o que achei

segunda-feira, outubro 08, 2007

Semana Internacional do Aleitamento Materno

Não, não é uma piadinha de mau gosto sobre os eventos que terão lugar esta semana para 5 dos 6 membros do electivo clube d' A cobra dos ratos (sendo que o elemento sobrante está a gozar umas boas férias numa qualquer estância do leste europeu). É mesmo verdade e tem início hoje.

Viva a amamentação!

(Pronto, pronto... Vamos ser democráticos: vivam as fórmulas lácteas também!)


(É a loucura... nem vale a pena entrar em detalhes sobre o que provoca estes desvarios a pessoas previamente tão equilibradas em termos mentais...)

Ai a propaganda...

Lumiracoxib na SIC online

Afinal, será o Lumiracoxib, recentemente introduzido no mercado português, tão bom quanto apregoam...?

Deixo à reflexão dos leitores (e leitoras!)...

quinta-feira, setembro 27, 2007

Diário de um(a) "estudante" de Medicina

Ontem peguei num bébé recém-nascido que era, citando uma expressão muito usada pelo meu pai, um "batata", pesava 4450 gramas ("Era um latagão do caraças!" - Hygieia).
Menino, rosado e calminho, o Abraão (nome alterado para manter sigilo profissional) foi vítima das manápulas de quatro futuros médicos, que, com muito medo e algum receio, lhe fizeram o exame físico neurológico.
O clímax do exame foi a manobra de Moro, querendo despertar-lhe um reflexo específico seguramos-lhe a cabeça para depois deixá-la cair (calma, agarramo-la logo a seguir) temendo pela integridade física do "miúdo" (Perdoe-me o Professor Terras pela expressão mas até lhe acharia feio já que era rechonchudo), foi também o momento alto do meu dia.
Uma apresentação de manhã que, sinceramente, não me "aqueceu nem arrefeceu", depois a aula de suporte básico de vida em que pude, finalmente, beijar um boneco (sensualíssimo!), um almoço medíocre (típico da cantina excepto quando é mau) e, à tarde, arremessar a cabeça de bébés para ver se são saudáveis. Foi um dia bom.

Próximo!

quinta-feira, julho 26, 2007

Carlos Drummond de Andrade

ALÉM DA TERRA, ALÉM DO CÉU

Além da terra, além do céu
no trampolim do sem-fim das estrelas,
no rastros dos astros,
na magnólia das nebulosas.
Além, muito além do sistema solar
até onde alcançam o pensamento e o coração,
vamos!
vamos conjugar
o verbo fudamental essencial
o verbo transcendente, acima das gramáticas
e do medo e da moeda e da política,
o verbo sempreamar
o verbo pluriamar,
razão de ser e viver.

sexta-feira, julho 13, 2007

quarta-feira, julho 11, 2007

Mais um de Pessoa

Foi um momento
O em que pousaste
Sobre o meu braço,
Num movimento
Mais de cansaço
Que pensamento,
A tua mão
E a retiraste.
Senti ou não?

Não sei. Mas lembro
E sinto ainda
Qualquer memória
Fixa e corpórea
Onde pousaste
A mão que teve
Qualquer sentido
Incompreendido,
Mas tão de leve!...

Tudo isto é nada,
Mas numa estrada
Como é a vida
Há uma coisa
Incompreendida...

Sei eu se quando
A tua mão
Senti pousando
Sobre o meu braço,
E um pouco, um pouco,
No coração,
Não houve um ritmo
Novo no espaço?

Como se tu,
Sem o querer,
Em mim tocasses
Para dizer
Qualquer mistério,
Súbito e etéreo,
Que nem soubesses
Que tinha ser.

Assim a brisa
Nos ramos diz
Sem o saber
Uma imprecisa
Coisa feliz

sexta-feira, julho 06, 2007

Uma história...

http://www.sacbee.com/static/newsroom/swf/april07/mother/


A história tem um final triste, mas mostra de forma comovente a coragem, a preseverança e a luta de uma mãe que tentou sempre, mesmo nos momentos mais dificeis, que o seu filho tivesse um final feliz. Não teve um final feliz mas teve certamente muito amor para suportar o final. Concordando ou não com a forma como tudo terminou ( eu tenho tendência a não concordar com o principio geral, se bem que cada caso é um caso), ainda assim esta história mostra duas coisas essenciais, a importância de não perdermos a esperança e também que mesmo nas situações mais desesperadas os afectos, mais do qualquer analgésico, podem ajudar a suportar a dor e o sofrimento. Fica a mensagem, mas neste caso aplica-se mesmo bem a expressão: "uma imagem vale mais que mil palavras".

sexta-feira, maio 25, 2007

A Independência da Solidão

"O que me importa unicamente é o que tenho de fazer, não o que pensam os outros. Esta regra, igualmente árdua na vida imediata como na intelectual, pode servir para a distinção total entre a grandeza e a baixeza. E é tanto mais dura quanto sempre se encontrarão pessoas que acreditam saber melhor do que tu qual é o teu dever. É fácil viver no mundo de conformidade com a opinião das gentes; é fácil viver de acordo consigo próprio na solidão; mas o grande homem é aquele que, no meio da turba, mantém, com perfeita serenidade, a independência da solidão."

Ralph Waldo Emerson, in "Essays"

terça-feira, maio 22, 2007

É Bonito!!!

"E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração."

Fernando Pessoa

domingo, fevereiro 18, 2007

Amor como Depravação do Nervo Óptico

Entendem cordatos fisiologistas que o amor, em certos casos, é uma depravação do nervo óptico. A imagem objectiva, que fere o órgão visual no estado patológico, adquire atributos fictícios. A alma recebe a impressão quimérica tal como sensório lha transmite, e com ela se identifica a ponto de revesti-la de qualidades e excelências que a mais esmerada natureza denega às suas criaturas dilectas. Os certos casos em que acima se modifica a generalidade da definição vêm a ser aqueles em que o bom senso não pode atinar com o porquê dalgumas simpatias esquisitas, extravagantes e estúpidas que nos enchem de espanto, quando nos não fazem estoirar de inveja.
E tanto mais se prova a referida depravação do nervo que preside às funções da vista quanto a alma da pessoa enferma, vítima de sua ilusão, nos parece propensa ao belo, talhada para o sublime e opulentada de dons e méritos que o mais digno homem requestaria com orgulho.

Camilo Castelo Branco, in 'Coração, Cabeça e Estômago'

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Eu até queria por a imagem...

http://www.ociototal.com/naturismo/adn/ediciones/2005/img/yoga.jpg

Ok, esta foi pra descontrair :/ Mas eu prometo que vou tentar começar a escrever coisas inteligentes. O que acham da tal ideia de convidar ppl de outras facs (até de outros países) pra participar no blog e trocar ideias e experiências do que é estudar medicina?

Abraço

terça-feira, janeiro 09, 2007

Bora fazer uma vaca...



Bora fazer uma baca pra recolher € pra comprar uma prenda e tal, pra uma prof. fixe que vai ter rebentos :) Bora?