quinta-feira, setembro 27, 2007

Diário de um(a) "estudante" de Medicina

Ontem peguei num bébé recém-nascido que era, citando uma expressão muito usada pelo meu pai, um "batata", pesava 4450 gramas ("Era um latagão do caraças!" - Hygieia).
Menino, rosado e calminho, o Abraão (nome alterado para manter sigilo profissional) foi vítima das manápulas de quatro futuros médicos, que, com muito medo e algum receio, lhe fizeram o exame físico neurológico.
O clímax do exame foi a manobra de Moro, querendo despertar-lhe um reflexo específico seguramos-lhe a cabeça para depois deixá-la cair (calma, agarramo-la logo a seguir) temendo pela integridade física do "miúdo" (Perdoe-me o Professor Terras pela expressão mas até lhe acharia feio já que era rechonchudo), foi também o momento alto do meu dia.
Uma apresentação de manhã que, sinceramente, não me "aqueceu nem arrefeceu", depois a aula de suporte básico de vida em que pude, finalmente, beijar um boneco (sensualíssimo!), um almoço medíocre (típico da cantina excepto quando é mau) e, à tarde, arremessar a cabeça de bébés para ver se são saudáveis. Foi um dia bom.

Próximo!